Se desligar não é uma opção

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| sábado, 30 de outubro de 2010


Eis que depois de tanto tempo eu estou de volta, quero pedir desculpas pelo tempo de silencio, mas foi um período conturbado tanto por falta de tempo quanto por falta de ideias rs. Bom, mais uma vez venho aqui mostrar alguns de minhas conclusões quanto a reflexões sobre assuntos que dizem respeito a todos. Abrigado por nos acompanhar. Espero que gostem.


Vivemos numa sociedade onde o hábito é sempre o da exteriorização da responsabilidade. Fazemos isso o tempo todo com relação a política, segurança, nossos direitos e demais questões que envolvem o grupo como um todo, mas não fazer nada tambem tem consequências.
Diariamente nos enroscamos numa teia, uma rede invisível, porem forte, já tão forte que, como uma infecção sem controle, chegou as entranhas de nossa sociedade, nosso cotidiano. Trata-se de um sistema quase que auto-sustentável, quando um elemento cai, outro ocupa seu lugar e a atividade segue em frente, já não sabemos bem em quem confiar visto que os que deveriam nos proteger tornam-se tão ruins quanto os que eles dizem combater, os honestos, na grande maioria das vezes tem sua voz abafada, isso por que em muitas vezes eles lutam sozinhos.
Trata-se de um jogo onde até agora preferimos nos posicionar como muda e estática plateia, observando um tabuleiro de xadrez onde Reis, Rainhas, Bispos, Torres e Cavalos não se movem nunca, se escondem atrás de peões, estes parecem intermináveis, sempre se renovando e a frente de todas as ações, pelo menos aparentemente, visto que são os únicos que mostram a cara. Nesse tabuleiro as cadeiras dos jogadores estão vazias por que escolhemos não ocuparmos nosso lugar, movimentando as peças, as peças acabam se movendo por conta própria.
No meio do fogo cruzado aceitamos a condição de refém nos acovardando e usando o “escudo” da reclamação, distanciamento e pretexto de impotência para justificar nossa inércia ante os problemas que são de todos. A sociedade não compartilha, trás em sua mente, e em grande parte o fato e não somente a ideia de que somos um grupo, a ideia da coletividade, de que ninguém usa a cidade sozinho, ninguém é totalmente independente. O medo, principal ferramenta do sistema contra nós, parece ter perdido sua forma de agir de maneira mais imediata, mais rápida, parece agora ter se tornado algo permanente, um parasita que se fixa em todas as idéias que precedem nossas ações, algo constante e agora quase que cultural. Sempre com medo de punições, mesmo que nossas ações visem o exercício de nossos direitos, aceitamos o papel de vitima.
Sabendo que somos um grupo e que nossas ações por muitas vezes não afetam somente a nós, seria perda de tempo falar de direitos sem tocar na questão dos deveres, algo do qual tambem insistimos em fugir.
Não fazer nada tambem tem consequências, se omitir não é uma opção, comportamo-nos como se estivéssemos num curral, limitados, conformados e de certa forma já sabendo qual é o fim que se aproxima.
Rodrigo
P.S: Tive como base, para as ideias aqui expressadas, o recentemente lançado filme "Tropa de Elite 2" para escrever esse texto.

Cabeça Fora do Lugar

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| sábado, 28 de agosto de 2010

A noite chegou e com ela vem a solidão e a inspiração.
Cada sentimento retraído torna-se forte e poderoso
Gritos de silêncio invadem meus ouvidos
O cheiro da brisa é forte e corrosivo como ácido sulfúrico
O vômito cerebral saiu pela boca e se tornou palavras
Abraço, aperto e beijo meus sonhos irreais
Vejo meus amigos e inimigos imaginários apontando para mim
Há dias que choro e outros que estou sorrindo
Sou apenas um ser e nada mais para ser importante
Um mortal igual a você ou qualquer outra pessoa
Sou arquiteto da minha alma e não da sua ou de outra pessoa
Sigo meu destino sem pensar ou olhar para trás, apenas vivo
Não espero nada de ninguém, luto pelo que é meu
Tenho esperança de que meus filhos sejam melhores que eu
Vivo a ilusão de andar por caminhos impossíveis

Daniel lima

... E Não Desisto

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| sábado, 3 de julho de 2010

As vezes pensamos que nada muda, mas na verdade somos nós que não damos o devido valor ou importância para tal fato. Devemos observar a tudo e a todos, pois a vida pode ser decidida em um pequeno detalhe que está escondido intrinsecamente nas entrelinhas.
Olhe para os lados e não esqueça que nunca estamos sozinhos, sempre existe alguém que nos olha como um detetive ou apenas passa como uma leve brisa que simplesmente sentimos e não tocamos. Forças superiores ou inferiores estão sempre nos cercando e nos envolvendo. Particularmente prefiro as superiores.
Elas nos ajudam quando estamos tristes, felizes, pensamos em bobagens que só irão nos prejudicar e fazer as pessoas que nós amamos sofrer e outras. O importante é não desistir e continuar de pé sem pensar em desistir ou sentar no canto e esperar que caia do céu as melhores oportunidades do mundo.
Tenho certeza que a cada momento que se passa, o futuro que esperamos é na verdade daqui a um milésimo de segundo, pois, o que passou não voltará. A máquina do tempo é uma coisa que, na minha opinião, o homem não conseguirá criar. Há coisas que são impossíveis de se aplicar na realidade, acontecem apenas em filmes como De Volta Para o Futuro. Não viva em um filme, seja realista.

Daniel Lima

... Continuo ...

15
| quarta-feira, 19 de maio de 2010



Estava parado no tempo enquanto o tempo corria
O segundo que acabou de passar não volta jamais
Agora sigo em frente sem olhar para o passado
Sem saber onde estou indo, sigo uma trilha desconhecida
Sei apenas que estou cada dia melhor
Mais a frente, escreverei uma carta para o passado
Tenho certeza que não serei respondido, mas escreverei
Meus pensamentos é quem detona minha vida
Tentarei ser o melhor possível como sempre fui
Mas não garanto que dessa vez estarei sozinho
Ela sempre esteve do meu lado e eu não enxergava
A cegueira espiritual limitou a visão dos meus sentimentos
Será que não estou me enganado mais uma vez?
Bem, só depois de apostar é que vou pagar para ver.

Daniel Lima

As fotografias matam minhas memórias

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| domingo, 25 de abril de 2010

Eis que volto a deixar minha marca aqui depois de muito tempo e acreditem, lamento por isso. Bom, mais uma vez, parando para refletir eis que nasce mais um texto. Parido a partir e reflexões sobre coisas corriqueiras, fotografias. Espero que gostem.


Um momento especial, num local especial, a paisagem completa em sons, imagens e cheiros, não são percebidas, captadas como devem ser, afinal basta que depois vejamos a foto. Fotos são instrumentos úteis de recordação, mas que limitam nossa percepção, são tambem bengalas, nas quais nos apoiamos quase que compulsiva e viciadamente. Corremos demais, falamos demais, vivemos pouco, observamos pouco e por isso, percebemos pouco.

Tento lembrar de algo, um momento do qual tenho boas recordações, mas é como se faltasse algo, como uma lembrança incompleta, uma imagem editada, não sei o que é, não me preocupei em guardar, "me passa as fotos por email depois!", é sempre assim, não lembramos bem, guardamos.

Fotografia nos anestesia, diminui nossa capacidades de sentir, observar e absorver cada momento. Imagine a seguinte situação, uma despedida, a princípio definitiva, o que vale, cria vínculos e marca mais, o flash ou o abraço? Fotografia é retrovisor, mostra algo distante, mas que devido a velocidade não notamos como deveríamos. Fotografia não tem som, não tem brisa e nem tem cheiro. Fotografia é fria e ao contrário das nossas memórias não as carregamos conosco todo o tempo. Foto não é fato, foto mostra o que foi.

Fotografias são boas, mas apenas artifícios. Não deixemos que os flashs nos ceguem, como sempre nunca deixem "de ouvir com outros olhos" (TM), vejam de verdade, sintam.


Rodrigo

Eu

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| terça-feira, 23 de março de 2010


Sigo meu caminho, sigo só, sem ninguém para atrapalhar
Ando em passos pequenos, mas às vezes longo
Não tenho pressa, mas queria que viesse o mais rápido possível
Tenho sede, mas desejo apenas algum lugar para descansar
Correr não adianta, mas não precisa ser devagar demais
As vezes sinto que estou parando no tempo e no ar
Isso só me prejudica, deveria está caminhando em alguma direção
Sigo um rumo sem saber o destino, sem saber o caminho
Outras coisas e pessoas me completam, mas estou sozinho
Continuo seguindo só, sem precisar dar explicações
Sem precisar dizer para onde vou, com quem e o que irei fazer
Congelando meus pensamentos, vejo a terra girar

Daniel Lima
| segunda-feira, 8 de março de 2010
Bom, algumas datas, não deixamos passar aqui no blog. Estou hoje aqui pra dar os parabens a todas as mulheres que frequentam o Sarau, e as que não frequentam tb. Desejo a todas vcs tudo de bom e muitas felicidades. bjos
Rodrigo

Estou presente em todos

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| quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
Após um período em silêncio, eis que retorno. Faz um tempo que não venho deixa aqui minha marca, mas finalmente as ideias me voltaram rs. Nesse texto falo de algo sutil e com o passar do tempo vista de uma maneira equivocada por nós. Espero que gostem.

Estou presente em todos;

Mas em muitos fui sendo morta aos poucos.
Com o passar do tempo fui sendo vista de uma maneira modificada e errada;
Mas em essência continuo inalterada.
Dizem faço as pessoas chorarem e fraquejarem;
Na verdade só me faço presente para elas enxergarem.
Não mostro o que se lê nas primeiras linhas;
Indico-lhe as entrelinhas.
Você não precisa de mim para ver o que está exposto;
Mas observando bem os olhos, revelo-lhe o que se esconde atrás de um rosto.
Sua pele não precisa de mim para sentir um vendaval violento;
Mas faço com que sinta a sutileza de uma brisa que passa num breve momento.
Você não precisa de mim para notar a gritaria de um louco varrido;
Mas para notar o que, não em palavras, está sendo dito.
Estou presente em todos, mas não necessariamente sou uma personalidade ou identidade;
Eu me chamo, sensibilidade.


Rodrigo

Estão enganando você

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| sábado, 2 de janeiro de 2010
Não é novidade para ninguem que a TV nos engana, e muito. Tambem não é novidade que eu sempre critico a TV, mas um caso em especial mostra que o que ocorre na frente das câmeras é mais falso do que pensávamos.

Fim ,de ano, tempo de festa, fraternidade e boa vontade correto? Normalmente sim, mas nem sempre, a mesquinharia e prepotência de certos "formadores de opinião", não a minha, fazem com que nos perguntemos até onde vai a falsidade de certos indivíduos. Alguns devem ter visto que no Jornal da Record, com Boris Casoy, ao dar a notícia do prêmio da MEGA-SENA o facínora (sim, um trapaceiro que engana a todos) do Boris Casoy esqueceu que o microfone estava ligado e expressou com clareza a sua preconceituosa, burra e prepotente opinião a respeito do que ele mesmo chamou de "o mais baixo na escala do trabalho", os garis.
Vemos todas as noites ele dar notícias de todos os assuntos possíveis, mas daí me vem a pergunta, será que sempre depois de uma notícia de tragédia ele não cai na gargalhada? Por que ao que parece ele se julga superior, não me surpreenderia saber depois que ele faz comentários do tipo "hahaha bando de favelados, não tem onde morar e agora vem o barranco por cima num dia de chuva, bem feito". Pessoas o veem e pensam "esse cara é sério, sempre critica tudo que tá errado" e o seu bordão "isso é uma vergonha", agora serve muito bem para se referir a ele mesmo. E tambem não vai me surpreender quando, num tentativa de enganar mais uma vez, ele surja com um falço pedido de desculpas. Deixem os microfones ligados e vejam como ele estará sendo "sincero" quando as câmeras forem desligadas.
Preconceito nunca vem junto com inteligência, já havia dito isso e reforço. De que adianta uma grande carga de informação sem uma boa formação? Certos indivíduos simplesmente ao longo da vida se armam, colecionam artifícios para fazer a mais perfeita máscara, para esconder a verdadeira face, tal qual um fantasma da ópera que se mostra apenas pela metade.
O que faz com que alguem se julgue superior aos demais ou ao resto como alguns preferem chamar? Dinheiro? Bom, dignidade e carater não se compra. Estatus social? Isso só devia ser dado a quem merece. Entrada franca em festas glamourosas? Tal futilidade com certeza agrada aos vazios.
Resolvi fazer esse texto por que me indignou o fato de um sugeitinho como aquele, seguir enganando a todos durante todo tempo e atrás das câmeras simplesmente rir dos outros como se todos fossem palhaços que servissem para sua diversão.
Boris Casoy esquece que, nos bairros de luxo, cujos moradores abastados comportam-se como se não tocassem o mesmo chão que nós, como se fossem divindades, não haveria tanta beleza se não fosse o gari "do alto de suas vassouras", como ele mesmo fala, para limpar as ruas e calçadas, não haveriam os belos jardins se não fossem os jardineiros, para cuidar e nem suas belas casas sem os pedreiros para construir. Ele esquece que esse país não é mantido por ele, por que ele não conserta nada, não participa da manutenção de nada. É um pássaro de bela plumagem vivendo em sua gaiola, algo para apenas ser visto, algo que possivelmente não vê a realidade por que seu horizonte é limitado, está preso a preconceito, prepotência e falso senso de poder.

Aos que se interessarem em ver o vídeo o link se encontra abaixo:
http://www.youtube.com/watch?v=0H9znNpeFao
E o pedido de desculpas
http://www.youtube.com/watch?v=AXg6L9OtMTY

Rodrigo
 

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